Pétira Maria Ferreira dos Santos, casada,
nasceu em Boa Vista, Roraima, no dia 11 de
fevereiro de 1963, no hospital da antiga
maternidade da cidade. Filha de Grêce Fátima
Ferreira e Pedro Ramos dos Santos, seus avós
maternos são Josefa Gomes Ferreira e Anísio
Justiniano Ferreira, conhecidos como dona
Zefinha do Cuscuz e seu Anísio, um carpinteiro
e vaqueiro respeitado. Seus avós paternos são
Raimundo Pereira Capucho e Maria Ramos dos
Santos.
Sua mãe trabalhou no Palácio do Governo até
Maria Ramos dos Santos, e seu pai era
pedreiro.
Pétira cresceu em meio a uma cidade
tranquila, onde os festejos culturais eram
uma tradição e a vida se desenrolava com
simplicidade e alegria.
Apesar das dificuldades enfrentadas após a
perda prematura dos pais, Pétira encontrou
na educação e no apoio de sua família o
suporte necessário para seguir em frente.
Desde cedo, demonstrou determinação e
talento esportivo, destacando-se como atleta
em diversas modalidades.
Aos 17 anos, ingressou em sua carreira
profissional na antiga Funabem, onde
trabalhou em uma creche pré-escolar. Sua
paixão pela educação a levou a se dedicar ao
magistério, tornando-se professora efetiva na
Escola Princesa Isabel, onde lecionou por 12
anos.
Decidida a ampliar seus horizontes na área
educacional, Pétira percorreu todos os níveis
da educação básica, desde o ensino
fundamental até a graduação. Assumiu
desafios como coordenadora pedagógica em
diversas escolas, deixando sua marca na
implementação de projetos culturais e
educacionais. Na Universidade Federal de
Roraima, Pétira desempenhou um papel
fundamental na organização do Colégio de
Aplicação, contribuindo para o
desenvolvimento de projetos culturais,
científicos e de extensão. Criou o curso de
artes visuais da UFRR e formou professores
durante 17 anos.
Além de sua atuação profissional, Pétira
construiu uma família e continuou a se
dedicar ao seu crescimento acadêmico.
Seu mestrado em Ciência da Educação foi
defendido com excelência, abordando o
crucial tema das artes visuais na educação
básica, com um foco específico no contexto
do Colégio de Aplicação em Boa Vista,
Roraima. Atualmente, Pétira exerce diversas
profissões, deixando um legado significativo
nos órgãos estaduais, municipais e federais.
Seu trabalho é reconhecido nacional e
internacionalmente, refletindo seu
compromisso com a cultura e a educação.
Como palestrante, escritora, poeta, produtora
cultural, professora e artista, ela continua a
inspirar e impactar vidas ao seu redor. E está
doutorando pela Universidade San Carlos em
Assunção, Paraguai, onde sua tese será sobre
"Arte Cultural e Visual do povo de
Makunaima: Manifestações culturais e
Artísticas originárias do povo nos trabalhos
artísticos indígenas Roraimenses".
Pétira também é membro da Academia de
Literatura, Arte e Cultura da Amazônia, da
Academia de Belas Artes do Rio Grande do
Sul (ABARS), coligada à Associação
Internacional de Escritores Literarte, da
Academia de Ciência de Belas Artes do
Maranhão, e do Núcleo Acadêmico de Letras
e Artes de Portugal. Além disso, ela é
membro neoacadêmica da academia The
London Writers Society (LT) e da Academia
Mineira de Belas Artes, onde conquistou o
prêmio de Minas Gerais de Saberes, com
diploma de honra ao mérito em 2024.
Pétira recebeu diversos prêmios por seu
trabalho valorizado perante o Estado de
Roraima, São Paulo e a nível internacional.
Ela participou do Sarau Brasil com sua
poesia intitulada "A conquista" e possui
várias obras publicadas, incluindo 7 coleções
sobre as Gerações Artísticas e suas
contribuições no ensino da Arte da Cultura
Roraimense, um livro de antologia poética e
um livro pedagógico. Além disso, ela recebeu
o título e medalha de “Honra ao Mérito” do
Rio Branco e o título de “Cidadã
Boavistense”.